Ponto Final: quando é a hora de encerrar?

Publicada em: 10/12/2025 17:58 -

Fechar ciclos não é o fim. É o início de um novo ritmo.

 

Por que é tão difícil deixar ir o que a gente já sabe que não faz mais sentido?

Por que nos agarramos ao que nos dói, como se a dor fosse uma garantia de que ainda estamos vivos?

Por que chamamos de lealdade o que, na verdade, é medo de mudança?

Por que esperamos pelo momento ideal para encerrar algo que já terminou há muito tempo?

Por que, mesmo conscientes de que é preciso partir, insistimos em permanecer?

Por que confundimos estabilidade com aprisionamento?

E por que tememos tanto a palavra fim quando é ela que dá sentido ao começo?

Encerrar um ciclo dói, mas permanecer num ciclo que já morreu adoece.

 

 

A história do casulo que resistia à borboleta

Existia um casulo que se recusava a se abrir. Lá dentro, a lagarta já havia se dissolvido completamente.

Suas formas antigas, seus hábitos rastejantes, tudo havia virado uma espécie de sopa viva. O ciclo da transformação já estava em curso. Mas o casulo não queria deixar partir o que havia sido.

Tinha medo.

E se lá fora fosse perigoso?

E se a nova forma não fosse bonita?

E se o céu fosse alto demais?

Então o casulo apertou. Resistiu.

Segurou o que restava. Tentou congelar a metamorfose.

E foi então que ele descobriu que não há como viver plenamente tentando impedir o fim, porque todo renascimento começa com uma morte simbólica.

Quando, finalmente, o casulo se rompeu, a borboleta saiu em silêncio.

Frágil. Diferente. Leve.

Mas viva.

E, o que era o fim da lagarta, tornou-se o voo da borboleta.

 

 

Reflexão:

Encerrar um ciclo é um luto.

Mas é também uma libertação. É ter coragem de colocar um ponto final -

não para matar a história, mas para dar a ela a dignidade de uma conclusão.

Porque sem ponto final, o texto da vida vira um parágrafo eterno de repetição.

Pense nisso!

 

 

 

Josimara Neves

Cresci ouvindo os sentimentos, brincando com o Imaginário, me escondendo do "Mundo de Fora" para me aventurar a olhar para dentro. Foi isso que me tornou autora da minha existência. Vivo, hoje, como decodificadora de mim mesma. Meus  maiores legado são: a família e o amor.

 

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